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semanas curtas, dias longos.
13:38É fato. Reclamamos constantemente que o tempo voa, que a semana mal começa e já termina, e que o ano, (coitado!) passa que a gente nem ...
É fato. Reclamamos constantemente que o tempo voa, que a semana mal começa e já termina, e que o ano, (coitado!) passa que a gente nem sente. Mas acho um paradoxo estar vivendo dias tão longos.
Nasço e morro todo santo dia. Só que meu período de gestação não chega nem em 6h diárias.
Quando abro meus olhos e vejo o mundo pela primeira vez, peço mais 5 minutinhos para o despertador, chuveiro frio e o motorista do ônibus. Nem sempre eles me atendem, por isso trato de deixar a preguiça de lado e passo a cronometrar o tempo que tenho para me arrumar e seguir rumo ao trabalho. Nem sempre este momento é longo, aí pareço um bebê apressado querendo andar logo e ganhar o mundo.
Diferente da minha verdadeira infância, durante a semana eu não a aproveito muito. Mas a adolescência é sempre precoce, e como não podia deixar de ser, começa no primeiro encontro com o mundo virtual. As notícias, conteúdos criativos, blogs e interessantes imagens sobem no reader, twitter e facebook em uma velocidade estrondosa. Fico extasiada com tanta novidade bacana e passo a compartilhar e discutir com meus amigos, do mercado ou não, o que o povo inventa a cada dia. Minha imaginação, e dedos, começam a salvar tudo e pensa: ‘um dia vou precisar desta referência!’.
Como a maioria dos jovens, deslizo no almoço. E hoje a minha companhia na criação deste texto é um hambúrguer com Coca-Cola. Que minha mãe nem sonhe com isso, já que fiquei de pedir um almoço leve e saudável hoje (leia sempre), mas atire a primeira pedra aquele jovem que nunca mentiu ou omitiu algo para os pais, não é mesmo?
A tarde chega e com ela a maturidade. Já tenho um panorama geral do meu dia (vida), sei o que cumpri e o que é necessário concluir. É aquela fase que a gente olha para frente, percebe o futuro bem próximo e sabe que sua vida depende realmente mesmo das suas decisões e que o nosso caminho está mesmo em nossas mãos. Pelo menos, grande parte dele.
Mas como não dá para se aposentar ainda, começa o terceiro round e com ele os freelas, os projetos pessoais, as visitas rápidas aos amigos ou os famosos ensaios de verão do cenário alternativo que eu tanto amo (e espero). Ouço meus amigos reclamarem e compreenderem (nem sempre) sobre o pouco tempo que tenho disponível e passo a não tirar a agenda debaixo do braço (independente do horário), que é para não me esquecer de nada (principalmente com os que tanto amo)!
Mas a idade tem que chegar uma hora e hoje eu desejo ser uma velhinha animada! Mas no meu ‘nascer e morrer’ diário não consigo chegar a velhice com tanta disposição. No fim do dia só desejo mesmo a minha cama, e quando meu corpo está todo estirado no colchão eu relaxo tanto, que apago. Mas não deixo de agradecer pelo o que vivi, muito menos de sonhar com uma vida ainda melhor. Afinal, amanhã todo mundo nasce de novo, ganha-se um novo dia, e se não deu certo hoje, daqui a algumas horas tem mais tempo para ajeitar!